celebrando a história, incorporando tendências
De “Toda Nudez Será Castigada”, em 1973, a “Colegas”, em 2012, a trajetória do Festival de Cinema de Gramado acompanhou todas as fases do cinema nacional. “Se olharmos para a história do Festival, podemos saber como foi o nosso Brasil e o nosso cinema nos últimos 40 anos", atesta o diretor Fernando Meirelles. Em 1992, com a internacionalização, o evento passou também a fazer um panorama da produção latino-americana, ampliando seus horizontes cinematográficos. Agora, chegando a 41ª edição, consolida o título de maior festival de cinema ininterrupto do Brasil, também se adaptando a novas tendências do audiovisual e trazendo os novos olhares de um cinema brasileiro contemporâneo e em constante mudança.
Em 2012, tais transformações já foram sinalizadas por um perfil mais democrático: a figura do presidente deixa de existir, as contas e os contratos são fiscalizados por um Conselho Gestor de Eventos de Gramado, o planejamento fica a cargo da produtora Um Cultural e as entidades de cinema ganham maior participação. Outros fatores foram fundamentais na construção da nova fase do Festival de Gramado, como a volta da exibição dos curtas gaúchos no Palácio dos Festivais, ingressos mais baratos para todas as exibições e a nova curadoria - formada por José Wilker, Marcos Santuário e Rubens Ewald Filho.
Com arrecadação total superior a R$ 2.500.000 e 1.131 inserções de mídia contabilizadas, a edição consolidou o Festival junto à crítica e ao público, apresentando contas em dia e atendendo as expectativas da prefeitura da cidade. Para prefeito, Nestor Tissot, os números do 40° Festival mostram que o evento foi administrado nos formatos que um evento público deve seguir: “Tivemos um saldo positivo. O Festival está ainda mais fortalecido perante a opinião pública, apoiadores e patrocinadores”. A secretária de turismo de Gramado e coordenadora geral do evento, Rosa Helena Volk, também comemora o resultado: “Foi o primeiro passo de um grande projeto, que tem como foco a valorização desse importante espaço para as produções cinematográficas nacionais e estrangeiras. O carinho de todas as pessoas foi muito grande. Que isso permaneça por muitos e muitos anos”.
Mesmo com as necessárias mudanças, a essência permanece, já que, em quatro décadas, o Festival de Cinema de Gramado foi palco de momentos significativos para a história e a afirmação da arte cinematográfica no país. Tudo começou em 1973, quando o evento foi oficializado pelo Instituto Nacional de Cinema, colocando Gramado no cenário do cinema nacional. A primeira edição, que surgiu da união da Prefeitura Municipal de Gramado com a Companhia Jornalística Caldas Júnior, a Embrafilme, a Fundação Nacional de Arte e as secretarias de Turismo e Educação e Cultura do Estado, aconteceu de 10 a 14 de janeiro de 1973, já com a disputa pelo Kikito, o “Deus da Alegria” – cuja estatueta foi criada por Elizabeth Rosenfeld, grande incentivadora do artesanato gramadense.
As primeiras edições, realizadas no verão, foram marcadas por sensacionalismo, nudez e crise de estrelas que buscavam fama e reconhecimento na serra gaúcha. Com a chegada dos anos 80 e o aprimoramento das discussões sobre arte e cultura nos diversos espaços, o evento conquistou o título de um dos maiores do gênero no País. Já no início dos anos 90, com a posse do governo de Fernando Collor, o Brasil presenciou um processo de quase extinção da cinematografia nacional. Portanto, o Festival de Gramado, para sobreviver, tornou-se internacional, já com uma edição ibero-americano. Realizado entre 15 e 22 de agosto de 1992, teve filmes da Venezuela, Peru, México, Portugal, Brasil, Argentina, Chile, Espanha, Cuba e Colômbia. Participaram igualmente da vigésima edição curtas-metragens brasileiros em 35 e 16mm.
A nova fórmula, inédita no Brasil, foi aprovada, dando novo significado ao evento, agora com sua data fixada sempre na primeira quinzena de agosto. O Festival começou no verão, mas Gramado tem o seu ápice turístico nos meses frios. Assim, o evento também se tornou uma atração a mais no inverno turístico do Rio Grande do Sul, o mais “europeu” dos estados brasileiros graças ao grande fluxo de imigrantes alemães e italianos. Antes disso, a serra gaúcha, com o Festival de Cinema de Gramado, tornou-se palco de debates e importantes encontros entre artistas, realizadores, estudiosos de cinema, imprensa e público em geral. Ao longo de 41 anos, importantes nomes do cinema nacional e latino-americano foram lembrados e celebrados com Kikitos ou troféus como o Oscarito, Eduardo Abelin, Cidade de Gramado e Kikito de Cristal. Othon Bastos, José de Abreu, Sônia Braga, Lucélia Santos, Fernanda Torres, Marieta Severo e Hugo Carvana são alguns dos atores que têm o Kikito em casa. Em nível internacional, Pedro Almodóvar, Juan José Campanella, Javier Bardem, Marisa Paredes e Norma Aleandro já foram consagrados. Em 2013, continuamos a escrever orgulhosamente essa história!
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